Obras literárias Renascimento

 Renascimento    

- Oque foi o renascimento ?
O Renascimento foi um movimento cultural, econômico e político que surgiu na Itália do século XIV, se consolidou no século XV e se estendeu até o século XVII por toda a Europa. Inspirado nos valores da Antiguidade Clássica e gerado pelas modificações estruturais da sociedade, resultou na reformulação total da vida medieval, dando início à Idade Moderna.
- Onde "nasceu" o renascimento
O Renascimento originou-se na Itália, devido ao florescimento de cidades como Veneza, Gênova, Florença, Roma e outras. Elas enriqueceram com o desenvolvimento do comércio no Mediterrâneo dando origem a uma rica burguesia mercantil que, em seu processo de afirmação social, se dedicou às artes, juntamente com alguns príncipes e papas.
- Características marcantes
Dentre suas principais características podemos Destacar:
·         O Racionalismo, que foi uma corrente filosófica baseada nas operações mentais para definir a viabilidade e efetividade das proposições apresentadas. Essa corrente surgiu como doutrina no século I antes de Cristo para enfatizar que tudo que é existente é decorrente de uma causa
·         O antropocentrismo que é uma forma de pensamento comum a certos sistemas filosóficos e crenças religiosas que atribui ao ser humano uma posição de centralidade em relação a todo o universo
·         O experimentalismo que é o compromisso de explorar novos conceitos e representações do mundo através de métodos que vão além das convenções estabelecidas na tradição literária e das artes (acredita que tudo tem que ser cientificamente comprovado).
·         O individualismo nasceu da necessidade do homem conhecer a si próprio, buscando afirmar a sua própria personalidade, mostrar seus talentos, atingir a fama e satisfazer suas ambições, através da concepção de que o direito individual estava acima do direito coletivo.

E como  importantes obras do renascimento podemos citar


Dom Quixote: 

Escrito em 1605 (Volume 1) e 1615 (Volume 2), por Miguel de Cervantes, faz uma paródia aos romances de cavalaria que gozaram de imensa popularidade no período e, na altura, já se encontravam em declínio. Dom Quixote foi publicado em uma época de grandes transformações; os romances de cavalaria, até então ocupando um lugar de destaque na literatura popular, já começavam a decair. Seguindo as inovações vigentes no contexto em que viveu, Cervantes satiriza este estilo literário, criando nesta obra uma paródia das novelas medievais protagonizadas por cavaleiros heróicos. O livro conta a história de um cidadão que vivia em uma pequena fazenda, sendo a mesma localizada na região de La Mancha, um pequeno vilarejo no interior da Espanha. Grande parte do seu tempo livre era gasto com a leitura de livros de cavalaria, e foi de tanto levar a sério as suas leituras que em um determinado momento de sua vida, acabou ficando louco.

Os lusíadas:  

Escrito em 1572, por Luís Vaz de Camões, a ação central é a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, à volta da qual se vão descrevendo outros episódios da história de Portugal, glorificando o povo português. Os Lusíadas é constituído por dez partes, liricamente chamadas de cantos; 
o cada canto possui um número variável de estrofes (em média, 110); 
+ as estrofes são oitavas, tendo portanto oito versos; a rima é cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois últimos (AB AB AB CC, ver na citação ao lado); 
# cada verso é constituído por dez sílabas métricas (decassilábico), nas sua maioria heróicas (acentuadas nas sextas e décimas sílabas). 
Sendo Os Lusíadas um texto renascentista, não poderia deixar de seguir a estética grega que dava particular importância ao número de ouro. Assim, o clímax da narrativa, a chegada à Índia, foi colocada no ponto que divide a obra na proporção áurea (início do Canto VII). 
A estrutura interna relaciona-se com o conteúdo do texto. Esta obra mostra ser uma epopeia clássica ao dividir-se em quatro partes: 
* Proposição - introdução, apresentação do assunto e dos heróis (estrofes 1 a 3 do Canto I); 
* Invocação - o poeta invoca as ninfas do Tejo e pede-lhes a inspiração para escrever (estrofes 4 e 5 do Canto I); 
* Dedicatória - o poeta dedica a obra ao rei D. Sebastião (estrofes 6 a 18 do Canto I); 
* Narração - a narrativa da viagem, in medias res, partindo do meio da acção para voltar atrás no tempo e explicar o que aconteceu até ao momento na viagem de Vasco de Gama e na história de Portugal, e depois prosseguir na linha temporal. 
Por fim, há um epílogo a concluir a obra (estrofes 145 a 156 do Canto X). 
Gravura de Luís Vaz de Camões, autor da obra 
Gravura de Luís Vaz de Camões, autor da obra 
Os planos temáticos da obra são: 
* Plano da Viagem - onde se trata da viagem da descoberta do caminho marítimo para a Índia de Vasco da Gama e dos seus marinheiros; 
* Plano da História de Portugal - são relatados episódios da história dos portugueses; 
* Plano do Poeta - Camões refere-se a si mesmo enquanto poeta admirador do povo e dos heróis portugueses; 
* Plano da Mitologia - são descritas as influências e as intervenções dos deuses da mitologia greco-romana na acção dos heróis. 
            
Romeu e Julieta :
Escrito em 1591, por William Shakespeare, fala sobre dois adolescentes cuja morte acaba unindo suas famílias, outrora em pé de guerra. A peça ficou entre as mais populares na época de Shakespeare e, ao lado de Hamlet, é uma das suas obras mais levadas aos palcos do mundo inteiro. Romeu e Julieta é  um símbolo do amor incompreendido e levado ao extremo da existência. Na literatura romântica, muitos autores escolheram o amor e seus conflitos como assunto primordial de seus romances, como que são impossibilitados de viverem o amor descoberto tardiamente, sendo a morte a única forma de união dos dois apaixonado, por serem impedidos pelos interesses familiares e sociais. 







Hamlet :
Escrito em 1599, por William Shakespeare, traça um mapa do curso de vida na loucura real e na loucura fingida — do sofrimento opressivo à raiva fervorosa — e explora temas como traição, vingança, incesto, corrupção e moralidade. Quanto à composição desta obra, pode-se dizer que ela é a criação de Shakespeare mais extensa, elaborada e árdua, construída com 4042 linhas, 29551 vocábulos, a maior parte do texto transcrita poeticamente, uma porcentagem menor escrita em prosa. Nesta história o inglês vai fundo na revelação da fronteira entre a insanidade real e a pretensa loucura, enfocando questões como a traição, a revanche, o incesto, a devassidão, princípios morais, entre outras.








Elogio da Loucura:
Escrito em 1511, por Erasmo de Rotterdam, faz uma apreciação satírica dos abusos supersticiosos da doutrina católica e das práticas corruptas da Igreja Católica Romana.











Ensaios:

Escrito a partir de 1580, por Michel de Montaigne, analisa as instituições, as opiniões e os costumes, debruçando-se sobre os dogmas da sua época e tomando a generalidade da humanidade como objeto de estudo




 Divina Comédia:  


A Escrita entre 1304 e 1321, por Dante Alighieri, é um poema de viés épico e teológico da literatura italiana e da mundial, dividida em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso. O poema chama-se “Comédia” não por ser engraçado mas porque termina bem (no Paraíso)






Postado por Matheus.

Comentários

Postagens mais visitadas