Empregos dos sinais de pontuação
1. Ponto (.)
O ponto pode ser utilizado
para:
a) Indicar o final de uma
frase declarativa:
Acho que Pedro
está gostando de você.
b) Separar períodos:
Ela vai estudar
mais tempo. Ainda é cedo.
c) Abreviar palavras:
V. Ex.ª (Vossa
excelência)
2. Dois-pontos (:)
Deve ser utilizado com as
seguintes finalidades:
a) Iniciar fala de
personagens:
Ela gritou:
– Vá embora!
– Vá embora!
b) Anteceder apostos ou
orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam e/ou
resumem ideias anteriores.
Esse é o problema
dessa geração: tem liberdade, mas não tem responsabilidade.
Anote meu número
de telefone: 863820847.
c) Anteceder citação direta:
É como disse
Platão: “De todos os animais selvagens, o homem jovem é o mais difícil de domar.”
3. Reticências
(...)
Usa-se para:
a) Indicar dúvidas ou
hesitação:
Sabe... preciso
confessar uma coisa: naquela viagem gastei todas as minhas economias.
b) Interromper uma frase
incompleta sintaticamente:
Talvez se você
pedisse com jeitinho...
c) Concluir uma frase
gramaticalmente incompleta com a intenção de estender a reflexão:
Pedofilia,
estupros, assassinatos, pessoas sem ter onde morar, escândalos ligados à
corrupção... assim caminha a humanidade.
d) Suprimir palavras em uma
transcrição:
“O Cristo não
pediu muita coisa. (...) Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros.” (Chico
Xavier)
4. Parênteses ( )
a) Isolar palavras, frases intercaladas
de caráter explicativo, datas e, também, podem substituir a vírgula ou o
travessão:
Rosa Luxemburgo
nasceu em Zamosc (1871).
Numa linda tarde
primaveril (meu caçula era um bebê nessa época), ele veio nos visitar pela
última vez.
5. Ponto de exclamação (!)
Em que situações utilizar:
Juliana, bom dia!
b) Final de frases
imperativas:
Fuja!
c) Após interjeição:
Ufa! Graças a
Deus!
d) Após palavras ou frases de
caráter emotivo, expressivo:
Que lástima!
6. Ponto de interrogação (?)
Quando utilizar:
a) Em perguntas diretas:
Quando você
chegou?
b) Às vezes, pode ser
utilizada junto com o ponto de exclamação para enfatizar o enunciado:
Não acredito, é
sério?!
7. Vírgula (,)
Esse é o sinal de pontuação
que exerce o maior número de funções, por isso aparece em várias situações.
A vírgula marca
pausas no enunciado, indicando que os termos por ela separados não formam uma
unidade sintática, apesar de estarem na mesma oração.
A seguir confira as situações
em que se deve utilizar vírgula.
a) Separar o vocativo:
Marília, vá à padaria
comprar pães para o lanche.
b) Separar apostos:
Camila, minha
filha caçula, presenteou-me com este relógio.
c) Separar o adjunto adverbial
antecipado ou intercalado:
Os políticos,
muitas vezes, visam somente os próprios interesses.
d) Separar elementos de uma
enumeração:
Meus bolos
prediletos são os de chocolate, coco, doce de leite e nata com morangos.
e) Isolar expressões
explicativas:
Faça um bolo de
chocolate, ou melhor, de chocolate e morangos.
Os deputados não
explicaram, porém, o porquê de tantas faltas.
g) Separar o complemento
pleonástico antecipado:
Havia no rosto
dela ódio, uma ira, uma raiva que não possuía justificativa.
h) Isolar o nome do lugar na
indicação de datas:
São Paulo, 10 de
Dezembro de 2016.
i) Separar termos coordenados
assindéticos:
Vim, vi, venci.
(Júlio César)
j) Marcar a omissão de um
termo:
Maria gosta de
praticar esportes, e eu, de comer. (omissão do verbo gostar)
Antes da conjunção, como nos
casos abaixo:
k) Quando as orações
coordenadas possuem sujeitos diferentes:
Os políticos estão
cada vez mais ricos, e seus eleitores, cada vez mais pobres.
Eu alerto, e
brigo, e repito, e faço de tudo para ela perceber que está errada, porém nunca
me escuta.
m) Utilizamos a vírgula quando
a conjunção “e” assume valores distintos que não retratam sentido de adição
(adversidade, consequência, por):
Teve febre a noite
toda, e ainda está muito fraca.
Entre orações:
n) Para separar as orações
subordinadas adjetivas explicativas:
Amélia, que não se
parece em nada com a Amélia da canção, não suportou seu jeito grosseiro e
mandão.
o) Para separar as orações
coordenadas sindéticas e assindéticas, com
exceção das orações iniciadas pela conjunção “e”:
Pediu muito, mas
não conseguiu convencer-lhe.
p) Para separar orações
subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se
estiverem antepostas à oração principal:
A casa, tão cara
que ela desistiu da compra, hoje está entregue às baratas.
q) Para separar as orações
intercaladas:
Ficou doente,
creio eu, por conta da chuva de ontem.
r) Para separar as orações
substantivas antepostas à principal:
Quando me
formarei, ainda não sei.
8. Ponto e vírgula (;)
Para preparar o
bolo vamos precisar dos seguintes ingredientes:
1 xícara de trigo;
4 ovos;
1 xícara de leite;
1 xícara de açúcar;
1 colher de fermento.
b) Utilizamos ponto e vírgula,
também, para separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas
nas quais já se tenha utilizado a vírgula:
“O rosto de tez
amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente
vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de
que sofria desde moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os
lábios grossos, o inferior um tanto tenso." (O Visconde de Inhomerim
- Visconde
de Taunay)
9. Travessão (—)
O travessão deve ser utilizado
para os seguintes fins:
a) Iniciar a fala de um
personagem no discurso direto:
Então ela disse:
— Gostaria que
fosse possível fazer a viagem antes de Outubro.
b) Indicar mudança do
interlocutor nos diálogos:
— Querido, você já lavou a louça?
— Sim, já comecei a secar, inclusive.
c) Unir grupos de palavras que
indicam itinerários:
O descaso do poder
público com relação à rodovia Belém—Brasília é decepcionante.
d) Substituir a vírgula em
expressões ou frases explicativas:
Dizem que Elvis —
o rei do rock — na verdade, detestava atuar.
10. Aspas (“”)
As aspas são utilizadas com os
seguintes objetivos:
a) Isolar palavras ou expressões
que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos,
arcaísmos e expressões populares:
A aula do
professor foi “irada”.
Ele me pediu um
“feedback” da resposta do cliente.
b) Indicar uma citação direta:
“Ia viajar!
Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face,
desfiz e refiz a mala.” (O prazer de viajar - Eça de Queirós)
Observação: Quando houver
necessidade de utilizar aspas dentro de uma sentença onde ela já esteja presente,
usa-se a marcação simples ('), não dupla (").
Referência:
Info Escola. Disponível em:
Acesso em: 10 de out. de 2018
Postagem realizada pela aluna Gislaine
Comentários
Postar um comentário