Figuras de Sintaxe
As
Figuras de Sintaxe ou Figuras de Construção correspondem a um grupo das figuras
de linguagem - ao lado das figuras de pensamento, figuras de palavras e figuras
de som.
São
utilizadas para modificar um período, ou seja, interferem na estrutura
gramatical da frase, com o intuito de oferecer maior expressividade ao texto.
Assim, as figuras
de sintaxe operam de diversas maneiras na frase, seja na inversão, repetição ou
na omissão dos termos.
- Elipse
A elipse é
a omissão de um ou
mais termos, os quais não foram expressos anteriormente no
discurso, entretanto, que são facilmente identificáveis pelo interlocutor
(receptor).
Exemplo:
Estávamos felizes
com o resultado dos exames. (Neste caso, a conjugação do verbo “estávamos”,
propõe o termo oculto “nós”).
·
Zeugma
A zeugma é um tipo de elipse, uma vez que há omissão de um ou mais termos na
oração, sendo um recurso utilizado para evitar a repetição de verbo ou substantivo.
Exemplo:
Fabiana comeu
maçã, eu (comi) pera.
·
Hipérbato ou Inversão
O hipérbato é caraterizado pela
inversão da ordem direta dos termos da oração, segundo a
construção sintática usual da língua (sujeito + predicado + complemento).
Exemplo:
Triste estava
Manuela. (Neste caso, o estado do sujeito surge antes do nome “Manuela”, que na
construção sintática usual seria: Manuela estava triste).
·
Silepse
Silepse de Gênero, quando
ocorre discordância entre os gêneros (feminino e masculino);
Silepse de Número, quando
ocorre discordância entre o singular e o plural;
Silepse de Pessoa, quando
ocorre discordância entre o sujeito, que aparece na terceira pessoa, e o verbo,
que surge na primeira pessoa do plural.
Exemplos:
São Paulo é suja.
(silepse de gênero)
Um bando
(singular) de mulheres (plural) gritavam assustadas. (silepse de número)
Todos os atletas
(terceira pessoa) estamos (primeira pessoa do plural) preparados para o jogo.
(silepse de pessoa)
·
Assíndeto
Assíndeto
corresponde a uma conjunção coordenativa utilizada para unir termos nas orações
coordenadas. Feita essa observação, a figura de pensamento assíndeto é
caracterizada pela ausência de conjunções.
Exemplo:
Daiana comprou
uvas para comer, (e) limões para fazer suco.
·
Polissíndeto
Ao
contrário do assíndeto, o polissíndeto é
caracterizado pela repetição da conjunção coordenativa
(conectivo).
Exemplo:
Dolores brigava, e
gritava, e falava.
·
Anáfora
A anáfora é a repetição de termos no começo das frases, muito utilizada pelos escritores na construção
dos versos a fim de dar maior ênfase à ideia.
Exemplo:
Se eu amasse, se
eu chorasse, se eu perdoasse. (A repetição do termo “se” enfatiza a
condicionalidade que o emissor do discurso quer propor).
·
Anacoluto
Exemplo:
Esses políticos de
hoje, não se pode confiar. (Numa sequência lógica, teríamos: “Esses políticos
de hoje não são confiáveis” ou Não se pode confiar nesses políticos de hoje).
·
Pleonasmo
Repetição enfática ou redundância de um termo que soa “desnecessário” no
discurso, o qual pode ser utilizado intencionalmente (pleonasmo literário) como
figura de linguagem, ou por desconhecimento das normas gramaticais (pleonasmo
vicioso), nesse caso um vício de linguagem.
Exemplo:
A noite escura da
Amazônia. (Note que a noite já pressupõe escuridão).
Referências:
Toda Matéria.
Disponível em:
Acesso em: 03 de out. de 2018.
Postagem realizada pela aluna Gislaine
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